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Blogagem Coletiva: As viagens da nossa infância

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Está rolando uma blogagem coletiva para comemorar o Dia das Crianças sobre “As Viagens da Nossa Infância” e quando vi o tema pensei “não vou participar dessa” e olha que sempre estou em todas…E por que eu não ia participar?

Primeiro porque não tem nada a ver com Disney. Segundo porque minhas viagens de infância não foram tão interessantes assim, principalmente durante um período.

Tenho lido alguns blogueiros que falam “esse nosso espírito de viajantes começou na infância”, “nossos antepassados já viajavam muito”, “nós sempre viajamos”, “não parávamos em casa”…Na minha família não era assim!

Guarujá

Já começa que minha família é muito pequena: minha mãe não tem irmãos e meu pai tem um irmão só. Portanto, visitar familiares em outra cidade já não era pretexto por aqui. Meus avós paternos nasceram no interior de São Paulo e resolveram morar na… capital do estado. A pessoa mais “ousada” da família foi minha avó materna que nasceu em Santa Catarina e se mudou para São Paulo quando moça. Então o quilômetro rodado por aqui era baixíssimo!

Depois que na década de 70 e 80 era muito caro viajar de avião. Viajar para outro país, então, era algo fora da imaginação de qualquer pessoa da classe média. E nós éramos a típica classe média da década de 70. Bem, em 1977 nasceu a pequena Andreza. Sabe onde a pequena Andreza frequentava com certa periodicidade? Guarujá, a uma hora de São Paulo. Para quem não conhece, é uma cidade do litoral sul do estado.

Alguns parentes tinham apartamento lá e íamos de vez em quando…Não me lembro muito desse período, pois eu era muito pequena. Me lembro melhor a partir de 1981, quando nasceu a pequena Karin, minha irmã. O Guarujá continuava a ser nosso único destino. Mas em 1982, meu pai andou de avião pela primeira vez, já com 30 anos, pois fez uma viagem pela empresa. Ali ele decidiu que queria que a família tivesse essa experiência. E nos levou para Santa Catarina.

Lembro somente de flashs dessa viagem…Existem dois lugares que eu frequentava nas férias de janeiro e de julho: Valinhos (interior de São Paulo) e São Vicente (cidade próxima ao Guarujá). O banco que meu pai trabalhava tinha colônia de férias nesses lugares, então íamos nas férias, normalmente uma semana em cada uma das colônias.Os lugares eram extremamente simples, mas é impressionante como eu tenho um carinho enorme sobre esses lugares. Eu lembro de vários detalhes de cada um deles.

E o estranho é que não achei quase nada de fotos de de lá. Mas nós curtíamos muito. Lembro de ir a família toda para lá. Ah! Não se esqueçam que “família toda” no meu caso é só meia dúzia de gato pingado… Lembram quando eu falei no começo desse post que durante um período as viagens não foram tão interessantes? Então, é porque íamos todo o santo final de semana para Itatiba, a 100km de São Paulo.

Primeiro meus pais alugaram uma casa por 2 anos e frequentávamos a casa nas férias e finais de semana. Vamos chamar esse lugar de Itatiba 1. Eu tinha uns 8 anos, a casa tinha piscina, a família inteira de 9, 10 pessoas ia para lá com frequência… Íamos todos os finais de semana para lá, mas isso na época não fazia muito diferença. Mas quando eu tinha 10 anos, meus pais resolveram comprar uma casa na cidade. E é claro que não tínhamos condições de comprar.

A CASA, então compramos uma casa simples, que foi sendo reformada e melhorada aos poucos. Vamos chamar esse lugar de Itatiba 2. Ah! Entre Itatiba 1 e Itatiba 2 aconteceu algo bem bacana: fui sorteada num concurso dos postos Atlantic, chamado Recriando a Natureza. Foram sorteadas 10 crianças de São Paulo e 10 do Rio Janeiro que foram premiadas com uma viagem para a Amazônia. Foi uma experiência incrível: andamos de avião de novo (depois de uns 7 anos), nos hospedamos no Hotel Tropical, nadamos no Rio Amazonas, fizemos caminhada pela floresta… Demais!!!

Bem, voltando para Itatiba 2… O problema era que TODA sexta-feira à noite íamos para lá e voltávamos no domingo à noite. Férias… Se as férias começassem no dia 15, no dia 14 à noite já estávamos lá. E se as aulas começassem dia 10, voltávamos no dia 09 à noite. Portanto, eram as férias inteiras lá.Mas vou dar um panorama da situação na época: não tinha piscina, a casa fica a 8km da cidade mais próxima, não tinha telefone, ficávamos lá sem carro, só pegava um ou dois canais de TV, não tinha vídeo game, não tinha internet…  aliás, o que é internet?

A casa foi sofrendo benfeitorias. A piscina foi construída depois de 2 ou 3 férias lá. Ganhamos um vídeo game depois de umas 4 férias. O telefone só chegou depois de muitos anos. E a internet ainda não é das melhores por lá até hoje. E ficamos indo para lá todo santo final de semana e todas as férias até os meus 15 anos, época que meus pais se separaram.Fizemos nesse período só 2 ou 3 viagens para outros destinos: para Comandatuba e Rio de Janeiro.

O resto era só Itatiba, Itatiba, Itatiba…E quando meus pais se separaram, passamos a ficar um final de semana em São Paulo com meu pai e outro final de semana com a minha mãe, que nos levava para lá. Vou dizer para vocês: eu já não aguentava mais aquele lugar… Era muito tempo enfiados lá e tudo que é demais, enjoa. Para uma adolescente ficar lá sem nada para fazer, era bem chato! E a partir de 1994 iniciei minhas andanças pelo mundo (que nem foram tantas, assim), que vocês já conhecem da série Minha Vida e a Disney.

E de onde surgiu a nossa paixão por viajar? Talvez do “cativeiro” em Itatiba? Não sei… rs. Mas é uma paixão na família agora. E sempre que possível, botamos o pé na estrada para conhecer novos lugares, novas culturas, novos sabores… E voltar para Orlando, é claro, que foi a minha primeira viagem internacional.

Gostaria de ter mais tempo e principalmente dinheiro para viajar mais, mas não posso reclamar e agradeço por poder proporcionar à minha filha algumas viagens legais. E quando ela crescer e virar blogueira, ela terá mais estórias para contar 🙂

E o Guarujá? Está lá e continuamos frequentando. Mudamos de região, de apartamento, mas sempre vamos para lá. Também foi a primeira praia visitada pela minha filha…E Itatiba? Também está lá. Minha mãe se mudou para lá definitivamente há uns 15 anos e sinceramente, vamos muito raramente para lá. Acho que é trauma! rsBlogs participando dessa blogagem: Claudia Rodrigues Pegoraro – Felipe, o Pequeno Viajante Karen Schubert Reimer – As Aventuras da Ellerim Viajante. Francine Agnoletto – Viagens que Sonhamos

Thyl Guerra – Viajando com Palavras
Marcia Tanikawa – Os CaminhantesAdriana Pasello – Diário de ViagemSut-Mie Guibert – Viajando com PimpolhosAndrea Barros – Do RS Para o Mundo
Patricia Papp – Coisas de Mãe
Camila de Sá Marquim – Na Viagem com Camila
Débora Segnini – Gosto e Pronto
Débora Galizia – Viajando em Família
Aryele Herrera – Casa da Atzin
Andréia Mannarino – Mistura Nada Básica
Tatiana Dornelles – Destino Mundo AforaManu Tessinari – Cup of Things
Valéria Beirouth – It Babies
Luciana Misura – Colagem
Amanda Lago – Batendo Perna Pelo Mundo

Guaurjá
Guarujá
Santa Catarina
Itatiba 1
Itatiba 2
Uniformizadas a caminho de Manaus
Banho no Rio Amazonas
Comandatuba
Rio de Janeiro
Guarujá
Itatiba
Picture of Andreza Trivillin

Andreza Trivillin

Paulistana, nascida na Moóca, moradora do Ipiranga por mais de 20 anos até se mudar para Orlando. Administradora de Empresas formada pela FAAP, com MBA em Marketing pela ESPM. Mãe de uma, esposa de outro. Apaixonada por viagens, fã da Disney, curiosa e engraçadinha por natureza. Juntou tudo isso e deu um blog e numa agência de viagens que ajudam anualmente milhares de pessoas com as suas viagens para Orlando e outros destinos.

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Respostas de 14

  1. Pois eu gostei muito do seu post!
    Sincero, como sempre!
    E posso falar? Seus pais eram despachados sim, já levavam carrinho guarda-chuva para a praia e tudo! 😉
    E adorei essa sua viagem para a Amazônia! Como criança deve ter sido genial, como pai/mãe teria ficado com o coração na boca!
    Interessante ver que, efetivamente, essa sua sede de mundo vem de um movimento contrário: família pequena, férias nos mesmo lugares.
    Enfim, desculpas e razões é que não nos faltam!
    Bjkas,
    Sut-Mie @viagempimpolhos

    1. kkkk Tá vendo, a família viajava para perto, mas ia preparada 🙂
      Minha mãe fica bem brava, mas não gosto de ir para Itatiba até hoje.
      Um beijão e obrigada pela visita

  2. Ah, Andreza, adorei seu post. Ainda bem que você participou. O melhor desse tema da blogagem é a gente conhecer mais desse período das nossas infâncias e perceber como cada um teve uma realidade diferente, mas como de alguma forma surgiu esse amor pelas viagens que todas(os) temos em comum. Parabéns!
    Gde Bjo
    Thyl @viajandpalavras

  3. O negócio é fazer do limão uma limonada. Nas férias do meu pai a gente também sempre viajava para os mesmos lugares, mas para visitar a família, o que não era o teu caso. Apesar disso, tenho boas lembranças de tudo. Mas sempre lembro que queria fazer algo diferente. E tenho buscado atingir esse objetivo hoje, 'que me mando'. Bjs

  4. Andreza, mesmo indo pra Itatiba 500 vezes, você fez umas outras viagens bem legais, essa da Amazônia principalmente, que bacana! 🙂 Também acho que ir sempre pro mesmo lugar cansa – mas e a Disney, rsrs? Vai cansar? 😉

    1. Lú,
      Bem que a Disney poderia ficar tão pertinho assim… Iria todo final de semana e não ia cansar… rs
      Beijo e obrigada pela visita

  5. Oi Andreza,
    Ainda estou tentando atualizar a leitura da blogagem coletiva… aos poucos chego lá…
    Sei bem como é essa coisa de ir sempre para o mesmo lugar…tem coisas que a gente aprende, como dizem, se não for por amor, seja pela dor… e justamente por isso acabamos decidindo eu e o Ogro quando casamos que jamais teríamos uma casa fixa para veraneio, pelo mesmo trauma que vc passou…rsrs…
    Um beijo!
    Marcia

  6. Oi Andreza, sou de Itatiba rsrsrsrs e com a ajuda do seu blog já fui para Disney ?????? E confesso foi minha primeira viagem de avião rsrsr, me identifiquei muito com sua história, por mais que eu more em Itatiba minha viagem era sempre para Prudentopolis – PR acredite bem pior que Itatiba kkkk.
    Amo seu blog de paixão

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