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Pessoas com necessidades especiais na Disney – A viagem da Carolina, deficiente auditiva

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Mais um lindo relato de uma mãe que levou seu filho com necessidades especiais para Orlando. Veja aqui todos os relatos. Hoje a Juliana conta como foi a viagem da Carolina, que possui surdez total. Eles teriam direito ao passe para furar as filas, mas preferiram não usar, já que Carolina não tem nenhum problema que a impeça de ficar nas filas.

O momento mais emocionante foi quando as princesas se comunicaram com Carolina pela linguagem de sinais, provando que todos são tratados da mesma forma e podem se divertir e realizar seus sonhos em Orlando. Juliana, por favor nos apresente a Carolina.

Como é o nome da pessoa e quais são as necessidades especiais/ problemas de saúde que ela possui?

Nome da minha filha é Carolina, de 5 anos. Ela tem surdez total profunda, e tem implante coclear e também comunica-se através das libras (linguagem de sinais). O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som.

Quem viajou junto com ela?

Juliana (mãe), Erik (pai), Vinicius (irmão)

Como foi o voo? Eles estavam preparados para atender as necessidades da pessoa? Como ela reagiu ao voo? Foi a primeira vez que viajou de avião / voo longo?

Escolhemos um voo noturno e direto para facilitar! Quando entramos no avião desligamos o aparelho auditivo, por segurança. Como solicitado para qualquer equipamento eletrônico, o processador de fala do Implante Coclear deve ser desligado durante o pouso e decolagem de aeronaves para não haver interferências! Ela acordou faltando uma hora para pousarmos e ficou muito tranquila. Esse havia sido seu primeiro voo longo, no geral tudo correu bem!

Qual foi a hospedagem escolhida? Quais foram as vantagens ou limitações que encontraram nessa opção?

Ficamos hospedados em 2 Hotéis em Orlando:

Homewood Suits by Hilton (International Drive)

Art of Animation (Lake Buena Vista)

Felizmente tivemos sorte nos 2, porque em ambos os funcionários tentaram se comunicar normalmente com a Carol.

Como foi o acesso aos parques? Acessibilidade, benefícios… Receberam o cartão preferencial? Como foi para retirá-lo e que benefícios ele oferecia? Foi importante para vocês?

O acesso aos parques foi muito legal. Nos Guests Services principalmente nos da Disney, eles nos ofereceram um aparelho amplificador de som para que a Carolina aproveitasse melhor os brinquedos com sons! Também nos ofereceram fila especial, não usamos nenhum dos 2, porque o amplificador não serve para quem tem implante; só para quem usa aparelho auditivo simples e a fila especial, não quisemos porque achamos que esse serviço é mais para quem realmente tem dificuldades de locomoção. Fiquei muito feliz com o tratamento que recebemos tanto no Art of Animation, quanto nos 4 parques da Disney!! Nos shows infelizmente não há intérprete em nenhum parque!

Na sua opinião como é o atendimento a pessoas com necessidades especiais? Esse atendimento é igual em todos os parques?

Achei que os Parques da Disney estão mais preparados para atender pessoas surdas. Nos outros parques não nos ofereceram o amplificador, por este motivo não sei responder se eles tem!

Ficamos muito felizes em saber que os surdos tem um tratamento carinhoso, coisa que nunca encontramos aqui no Brasil.

Deixaram de fazer alguma atração ou algum programa em função da necessidade da pessoa? Por que?

Não existiu nenhuma que não pudemos ir por conta da surdez ! Alguns shows como o da Tartaruga Crusty no Epcot, não fazem sentido nenhum porque é de perguntas e como ela está aprendendo a ouvir (somente em português) ela só achou graça na tartaruga, mas não entendeu nada!!

O que vocês fizeram e que não recomendam para pessoas com a mesma necessidade? Por que?

Recomendo que sempre procurem os Guest Service de cada parque para pegar informações sobre atrações e facilidades oferecidas por eles.

O que ela mais gostou?

Do tratamento respeitoso que tivemos!

E das personagens saberem língua de sinais!! Foi emocionante!!! Minha filha, como toda menina, ama os personagens da Disney e estava ansiosa para conhecer as princesas!!

Fomos tomar café no Castelo da Cinderella (Royal Table) e para nossa surpresa, todas elas (Cinderela, Branca de Neve, Jasmine e Aurora) sabem falar algumas palavras em língua de sinais, como por exemplo: I love you, beautiful, princess … Minha pequena ficou encantada quando elas se comunicaram com ela, foi realmente muito emocionante ! Em todos os restaurantes frequentados por nós os personagens se comunicaram com sinais (Hollywood & Vine, Chef Mickey‘s). Uma curiosidade: a linguagem de sinais não é universal, portanto muitos sinais brasileiros não são iguais aos americanos, europeus e assim por diante. Aqui no Brasil, por exemplo, ele é regional.

E o que menos gostou?

No embarque, por conta do implante coclear, minha filha não pode passar pelo raio X! Aqui no Brasil, sinto que não estamos preparados para este tipo de procedimento. Tive que entrar em uma pequena salinha com minha filha e deixá-la somente de calcinha para que a policial feminina fizesse a revista.

Minha pequena ficou muito assustada, chorou e demonstrou bastante desconforto. Já nos EUA no retorno, também passamos por revista fora do raio x, mas foi logo depois da esteira de malas com uma policial feminina muito gentil e cuidadosa, sem necessidade de tirar a roupinha, já que se tratava de uma criança de 5 anos. Não sou contra seguir regras, mas acho que existem casos em que gentileza e preparação são fundamentais!

Que recomendações ou conselhos vocês dariam para pessoas na mesma situação?

Minha recomendação é que não tenham medo de viajar e serem felizes, todos temos alguma dificuldade !! Somos muito abençoados de ter a Carol pq ela nos ensina todos os dias que o Mundo dela não tem sons (ainda), mas tem cores, beleza, e muitas curiosidades !!! Cada emoção da minha filha que está aprendendo a falar e ouvir com implante é demonstrada através de suas mãos !!! Viva as diferenças

Adorei o relato, Juliana.  A parte que as princesas usaram a linguagem dos sinais para se comunicar com a Carolina, realmente foi de arrepiar. Espero que ela possa voltar um dia podendo ouvir tudo o que se passa!

Você também está convidado a contar a sua estória caso já tenha ido a Orlando com alguém com alguma necessidade; mande-nos um email: contato@andrezadicaeindicadisney.com.br.

Picture of Andreza Trivillin

Andreza Trivillin

Paulistana, nascida na Moóca, moradora do Ipiranga por mais de 20 anos até se mudar para Orlando. Administradora de Empresas formada pela FAAP, com MBA em Marketing pela ESPM. Mãe de uma, esposa de outro. Apaixonada por viagens, fã da Disney, curiosa e engraçadinha por natureza. Juntou tudo isso e deu um blog e numa agência de viagens que ajudam anualmente milhares de pessoas com as suas viagens para Orlando e outros destinos.

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