Os parques do SeaWorld em Orlando, Aquatica, Discovery Cove e o próprio SeaWorld receberam recentemente certificados como Centros de Autismo segundo as regras do IBCCES, Conselho Internacional de Padrões de Credenciamento e Educação Continuada.
O IBCCES é líder mundial do setor em treinamento de autismo para profissionais de saúde licenciados e educadores. Eles criaram um programa de treinamento e certificação voltado para a indústria do turismo justamente por entenderem as dificuldades e desafios que as famílias enfrentam ao viajarem com crianças com necessidades especiais.
Os funcionários dos parques passaram por treinamentos para estarem aptos a atender visitantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. Os parques também passaram por inspeção das áreas comuns e análise da experiência do visitante. A capacitação trata de temas como consciência sensorial, ambiente, comunicação, habilidades motoras e sociais, desenvolvimento de programas e consciência emocional, além de um exame de competência em autismo. Para manter a certificação, o treinamento deve acontecer a cada dois anos. Tudo isso para proporcionar uma melhor experiência para os visitantes autistas.
O Aquatica, por exemplo, é o primeiro parque aquático do mundo certificado como um Centro de Autismo.
Uma das grandes mudanças no ambiente do parque é a criação do quiet room, um espaço silencioso com luzes reguláveis e uma área com assentos confortáveis para os visitantes poderem relaxar, inclusive com brinquedos sensoriais para as crianças. O objetivo dessas salas é que sejam um local onde as famílias com crianças autistas possam frequentar e levar a criança para uma pausa e um momento de relaxamento no meio do dia, já que crianças dentro do espectro do autismo podem ser sentir estressadas com o excesso de estímulos.
Os mapas dos parques também ganharam uma indicação sensorial desenvolvido pelo IBCCES. Eles agora contém informações sobre como uma criança com problemas de processamento sensorial pode ser afetada pelos elementos de cada experiência do parque como sons, imagens e outros estímulos e isso ajuda os pais a planejarem melhor as atividades mais adequadas a seus filhos com necessidades especiais.
Também foram lançados guias sensoriais que ficarão disponíveis no site de cada parque e que nós deixaremos aqui também. Esses guias vão informar como crianças com problemas de sensibilidade poderão ser afetadas em cada atração dos parques e assim os pais podem escolher previamente as atrações que eles devem ou não visitar. Baixe aqui o guia sensorial do SeaWorld, o guia sensorial do Aquatica e o guia sensorial do Discovery Cove.
Para se aprofundar ainda mais na questão, o SeaWorld organizou em São Paulo um evento para discutir o autismo no turismo com jornalistas, agentes de viagens e especialistas em TEA (transtorno do espectro autista). Uma ótima iniciativa para, primeiramente, desmitificar o assunto, esclarecer e reduzir o preconceito. Além disso, é uma excelente forma de despertar a atenção para o tema e mostrar a importância de parques e outras atrações estarem preparados para receber pessoas com autismo e com qualquer outra deficiência.
Abaixo é possível assistir um vídeo com mais detalhes sobre a certificação recebida pelos parques SeaWorld.
Muito legal saber que o SeaWorld lançou luz sobre esse tema e que outras organizações podem se espelhar também, criando ambientes mais adequados para pessoas com necessidades especiais.